AURORA: interlúdio fora do tempo
Agosto de uma secura sem fim.
O sol racha a tudo que toca na tarde.
No caminho vi um pequenino ipê florido que me inundou.
Da terra devastada sempre resta o que florir.
Toda cor é possível, cor de dor e de amor, se é que se separam mesmo.
Ontem semeamos em um caracol, próximo a dois pequizeiros.
Amanhã brota uma flor, ou quem sabe uma estrela.
Pro caminho ser de continuar.
Pai da Aurora
(Um dia depois de seu sepultamento no Jd. da Esperança-BSB/DF.)